5 de abril de 2011
Faltou Amor, sobrou Revolução.
Bem, eu já vinha comentando aqui no blog sobre a nova novela do SBT, que recebeu a bonita intitulação (Quando uma novela que chama Morde e Assopra está no ar, titulos bonitos precisam ser elogiados) Amor e Revolução. Como era o esperado, o autor Tiago Santiago prometeu romance, as chamadas enfatizavam as cenas fortes, a novela estreiou nessa terça (5), e confirmou: A Revolução vai concerteza sobrepor o Amor, Para o bem e para o mal.
O primeiro capitulo foi muito bom, e a direção caprichada, Apenas pecou em diálogos mal encontrados e mal estruturados (Culpa exclusiva de Tiago Santiago nosso famoso autor dos Mutantes), e é claro a edição inicial, que foi rápida, na construção das datas que a trama quis trabalhar, como é o primeiro capitulo, a gente perdoa, afinal a função dele era unica e exclusivamente falar sobre como funcionou o Golpe Militar no Brasil, no ano de 1964, em termos de aula de história, sem formar opinião, mostrando lados opostos e dar margem a discussão, o primeiro capitulo foi muito feliz nesse ponto.
Maria Paixão (Graziella Schimidt), é um jovem estudante, que vai entrar na luta armada contra o regime militar, ela se apaixona pelo militar José (Claudio Lins), filho do General Lobo Guerra (Reinaldo Gonzaga), essa é praticamente a premissa da história da novela, é claro, se bem trabalhado o assunto pode render muito, Vide a bem sucedida Minisérie da Globo Anos Rebeldes, os filmes O que é isso companheiro? E Zuzu Angel.
O SBT já mostrou que está investindo pesado na produção, e os frutos podem ser bons, a direção foi muito mais caprichada, e o elenco também, Apesar de ter sido bem pouco os diálogos mais explorados, Nota-se que Patricia de Sabrit, Nico Puig, e Gisele Trige roubaram as cenas em que apareceram, e é claro, o casal central Claudio Lins e Graziella Schimidt, já mostrou quimica, um dos passos principais para o sucesso de qualquer novela, as cenas dos dois no incêndio, foram bem produzidas (apesar de em alguns momentos o fogo computadorizado ter ficado bem evidente), e o casal demonstrou quimica, embora o roteiro tenha dado apenas duas cenas pobres de "Amor" ao casal, ele pegando a mocinha no colo, e um aperto de mão de ambos.
O SBT, continou porém, com suas estratégias mirabolantes, primeiro, estreiou a novela numa terça-feira, para evitar confronto direto com a Tela Quente, Na terça marcou a estreia para as 22h15, aos desavisados, a trama atrasou, para estreiar, justamente quando Insensato Coração, quem acreditou no horario do SBT (como eu por exemplo), acabou vendo o final do Programa do Ratinho, e a sem graça Escolinha.
A estreia foi carregada de cenas bem produzidas, e edição ágil (em alguns momentos 'até demais, o que provocou cenas curtissimas, desnecessárias, e outras que poderiam ter sido melhor exploradas), a trilha sonora foi caprichada, cheio de musicas do Periodo Militar, inclusive regravações, como por exemplo a musica Cálice de Chico Buarque e Gilberto Gil, regravada pela Pitty.
Seja como for, a estreia está de parabéns, Conseguiu exatamente o que pretendia, e acredito que se Tiago Santiago, diminui seus dialogos obvios e mal construidos, ele está com 'a faca e o queijo na mão', para produzir uma excelente novela.
O assunto como eu já disse, já deu muito pano pra manga, dentro e fora da TV, e se bem trabalhado sempre pode repitir o sucesso.
Vamos esperar os proximos capitulos.
Ps. A Abertura ao som de Roda Viva, exibida ao final do capitulo, também foi um grande acerto, assim como o depoimento, e é claro a re-utilização da 'ficha da censura' o inicio da novela, algo que de fato acontecia durante o periodo militar.
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Um comentário:
Realmente uma boa sacada exibir o selo da censura no início dos capítulos de Amor e Revolução. Mas a trama tem texto fraco, fraco... Abraço!
André San - www.tele-visao.zip.net
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