13 de fevereiro de 2012

O meu fascínio por Fascinação.


Nazismo, Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas, Crise de 29 (O café perdeu o valor), estes são alguns dos panos de fundo de Fascinação, grata surpresa do horário da tarde do SBT.
O SBT vem tirando novelas do baú, e se surpreendendo com os resultados das re-reprises de suas tramas que não deram certo no horario noturno. Amigas e Rivais exibiu cenas inéditas. Eis, que o SBT presenteia os telespectadores com a re-reprise de Fascinação, clássico folhetim água com açucar, com uma mocinha extremamente sofredora, e assinado por Walcyr Carrasco, antes dele entrar na Globo e fazer sucesso com O Cravo e a Rosa.
Fascinação, é uma novelinha clássica, e justamente por isso tem o meu fascinio total e assiduo, nunca havia visto a trama até a presente reprise, e estou acompanhando.
A história gira em torno de Ana Clara (Regiane Alves), e todo o tipo de sofrimento que ela pode passar, em busca do amor verdadeiro (do imbecil e mocinho bobo), de Carlos Eduardo (Marcos Damigo) e uma série de acontecimentos e desencontros, até que em determinado ponto da trama pimba!, ficar rica e poder se vingar (Qualquer semelhança com Chocolate com Pimenta, faz sentido pois é do mesmo autor, que adora copiar a si mesmo). Mas o que mais chama a atenção em Fascinação, não são os sofrimentos exagerados da mocinha, e sim as tramas paralelas. Ada (Vera Kowaslka), é uma judia fugida da Alemanha, o que faz com que o pano de fundo da trama (a politica e os ecos do nazismo), ganhem parte da narrativa, e inclusive em determinado momento da trama, estoura a guerra na Europa. O pano de fundo é outro chamariz da novela, e este blogueiro que vos fala, simplesmente adora História Geral... então...
Como dito, outra trama paralela que também chama a atenção é Gustavo (Caio Blat), seminarista que está em duvida em ser padre, e acaba se envolvendo com a divertida emprega Nadir (Lucimara Martins), que arranca gargalhadas em todas as suas cenas.
A trama, é de 1998, quando o SBT reinava absoluto no segundo lugar da audiência, e apesar da produção feita a toque de caixa, tem boa qualidade de texto, cenários e atuação. Destaco também a presença dos vilões Melânia (Que nome hein), vivida por Glauce Graieb, e Alexandre (Heitor Martinez). Destaco também Berenice (Samantha Dalsoglio) que não era uma vilã propriamente dita, mas ela morre no meio da trama. Essa novela é também a primeira de Mariana Ximenez, ela vive a espevitada Emilia, e atuação é tão boa que acredito ser uma das grandes razões para que no futuro Mariana emplacasse uma das mocinhas mais legais da telenovela: A Aninha de Chocolate com Pimenta.
Com tantas qualidades, acho que a novela é uma das melhores já produzidas no SBT na minha modesta opinião.